domingo, 27 de março de 2011

V Coletânea poesia, crônica e conto 2011

É com imensa alegria que informo que fui selecionada para participar da V Coletânea de poesia, crônica e conto organizada pela Casa do Poeta de Canoas. O primeira publicação de muitas que com certeza virão. No final de fevereiro, a  Prefeitura de Canoas aprovou a verba para editar a coletânea. Ainda não tenho maiores informações quanto a data de publicação. Participo, nesta coletânea, somente com o gênero conto. Para o momento, é isso então! Agora é aguardar os próximos passos.



APROVADO O PROJETO DA CASA DO POETA PARA O PIC DE CANOAS.

     A Casa do Poeta de Canoas teve seu projeto para editar a V Coletânea de Contos, Crônicas e Poesias aprovado pelo PIC (Programa de Incentivo a Cultura) de Canoas. As inscrições para o PIC abriram em 26/10/2010 e encerraram-se em 24/11/2010, sendo seu resultado divulgado no final de fevereiro de 2011. A entidade apresentou a documentação necessaria para habilitar-se ao crédito dentro do prazo que encerrou-se em 9/3/2011. Breve faremos contato com os participantes para complementar dados e informar a parcela que caberá a cada um no pagamento dos trabalhos, visto que o crédito fornecido pelo PIC é de 80%, restando os demais 20% a serem cobertos.

sábado, 19 de março de 2011

Análise do poema "Profissão de fé" de Olavo Bilac

 
       Revirando o baú das Letras, encontrei alguns trabalhos que realizei durante o curso de Letras da Unisinos. Comecei a relê-los para matar um pouco a saudade e relembrar certos conceitos de teoria literária que já andavam um pouco esquecidos. Resolvi por fim, postar aqui no blog, os meus melhores trabalhos acadêmicos. Aqueles que passaram pelo crivo dos meus exigentes mestres. Este que segue, por exemplo, foi elaborado para a disciplina Literatura da Primeira Metade do Século XX. Ah! Solicitado pela tão temida professora Dra. Célia Doris Becker. Uma excelente professora. Quem sobreviveu as suas aulas lembra dela com um certo saudosismo.
      O traço mais característico da poética parnasiana presente no poema Profissão de fé de Olavo Bilac é o culto excessivo pela forma perfeita, por meio da utilização de rimas ricas, raras e perfeitas, vocábulos extremamente refinados e complexos, tornando a poesia uma atividade da elite intelectual brasileira. A sintaxe poética também obedecia as regras gramaticais da época para, desta forma, adequar-se as normas consagradas da escrita. Essas eram algumas das regras estabelecidas pelos parnasianos para que a poesia fosse completa e perfeita.

Os seguintes versos podem comprovar o culto excessivo à forma:

Rimas perfeitas

"Torce, aprimora, alteia, lima
A frase; e enfim,
No verso de ouro, engasga a rima,
Como um rubim."

      Percebe-se neste trecho a ultilização da sequência ABAB. É importante também frisar a modificação que o autor faz na palavra "rubi" transformando-a em "rubim" almejando assim a rima perfeita.

Endeusamento a forma:

"Deusa! A onda vil, que se avoluma
De um torço mar,
Deixa-a crescer; e o lodo e a espuma
Deixa-a rolar!"

Vocabulário refinado:

"Este, que, de entre os mais, o vulto
Ferrenho alteia,
E, em jacto expele o amargo insulto
Que te enlameia:

Culto a língua:

"Ver esta língua, que cultivo,
Sem ouropéis,
Mirrada ao hálito nocivo
Dos infiéis!"

      Olavo Bilac compara o poeta com o ourives. Para ele, ambas as profissões, tanto a ourivesaria quanto a poesia buscam a perfeição, por meio de um trabalho árduo e difícil. Bilac acentua a importância das palavras precisas, do cuidado com as frases e realça o polimento dos versos, para que o poema se torne uma espécie de objeto precioso, semelhante a uma jóia rara. O trabalho artesanal a que o o poeta parnasiano atribui às palavras é para o autor semelhante ao do ourives, perseverante, delicado e cheio de dedicação e minuciosidade.
      Todavia, Bilac não vê nenhuma semelhança entre o poeta e o escultor, visto que o escultor para produzir uma obra modifica totalmente sua matéria prima, criando um novo objeto a partir de suas inspirações. Já o poeta parnasiano se utiliza da palavra (matéria prima) somente aprimorando-a e adaptando-a para que o estilo prevaleça, ou seja, buscando somente a perfeição formal. Por esse motivo, Olavo Bilac não vê semelhanças entre o poeta e o escultor. Contrariando essa ideia, ele compara o poeta ao ourives já que esse trabalha minuciosamente para que a matéria prima (ouro, pedra preciosa) seja apenas lapidada sem modificar sua essência, não deixando de ser uma pedra preciosa e valiosa. Em outras palavras, o trabalho do escultor é uma matéria bruta em contraposição a um material tão delicado como o ouro (trabalho do ourives).
      De acordo com Bilac, a preocupação primeira do poeta parnasiano deveria ser a de produzir uma poesia formalmente perfeita, isto é, utilizando uma linguagem elaborada, rimas perfeitas, sintaxe tradicional, não se atendo ao conteúdo das palavras sendo superficial. Sua real preocupação era com o estilo e não com a profundidade das ideias e sentimentos do poeta. A meu ver, o parnasianismo peca neste sentido, pois se apega muito ao estilo e esquece do verdadeiro sentido da poesia que é tocar os sentimentos das pessoas. Levar o leitor a um transbordamento de emoções.
      Na concepção dos parnasianos o conceito da poesia está muito ligado a visão “arte pela arte”, ou seja, a pretensão da universalidade através da utilização de uma linguagem objetiva que promove a contenção dos sentimentos e também a excessiva busca pela perfeição formal. O poeta modernista Oswald de Andrade sintetiza muito bem essa característica parnasiana quando diz que: "Só não se inventou uma máquina de fazer versos- já que havia o poeta parnasiano”.
Segue o poema na íntegra:

Profissão de fé


Não quero o Zeus Capitolino

Hercúleo e belo,
Talhar no mármore divino
Com o camartelo.

Que outro - não eu! - a pedra corte
Para, brutal,
Erguer de Atene o altivo porte
Descomunal.


Mais que esse vulto extraordinário,
Que assombra a vista,
Seduz-me um leve relicário
De fino artista.

Invejo o ourives quando escrevo:
Imito o amor
Com que ele, em ouro, o alto relevo
Faz de uma flor.

Imito-o. E, pois, nem de Carrara
A pedra firo:
O alvo cristal, a pedra rara,
O ônix prefiro.

Por isso, corre, por servir-me,
Sobre o papel
A pena, como em prata firme
Corre o cinzel.

Corre; desenha, enfeita a imagem,
A idéia veste:
Cinge-lhe ao corpo a ampla roupagem
Azul-celeste.

Torce, aprimora, alteia, lima
A frase; e, enfim,
No verso de ouro engasta a rima,
Como um rubim.

Quero que a estrofe cristalina,
Dobrada ao jeito
Do ourives, saia da oficina
Sem um defeito:

E que o lavor do verso, acaso,
Por tão subtil,
Possa o lavor lembrar de um vaso
De Becerril.

E horas sem conto passo, mudo,
O olhar atento,
A trabalhar, longe de tudo
O pensamento.

Porque o escrever - tanta perícia,
Tanta requer,
Que oficio tal... nem há notícia
De outro qualquer.

Assim procedo. Minha pena
Segue esta norma,
Por te servir, Deusa serena,
Serena Forma!

Deusa! A onda vil, que se avoluma
De um torvo mar,
Deixa-a crescer; e o lodo e a espuma
Deixa-a rolar!

Blasfemo> em grita surda e horrendo
ヘmpeto, o bando
Venha dos bárbaros crescendo,
Vociferando...

Deixa-o: que venha e uivando passe
- Bando feroz!
Não se te mude a cor da face
E o tom da voz!

Olha-os somente, armada e pronta,
Radiante e bela:
E, ao braço o escudo> a raiva afronta
Dessa procela!

Este que à frente vem, e o todo
Possui minaz
De um vândalo ou de um visigodo,
Cruel e audaz;

Este, que, de entre os mais, o vulto
Ferrenho alteia,
E, em jato, expele o amargo insulto
Que te enlameia:

em vão que as forças cansa, e â luta
Se atira; é em vão
Que brande no ar a maça bruta
A bruta mão.

Não morrerás, Deusa sublime!
Do trono egrégio
Assistirás intacta ao crime
Do sacrilégio.

E, se morreres por ventura,
Possa eu morrer
Contigo, e a mesma noite escura
Nos envolver!

Ah! ver por terra, profanada,
A ara partida
E a Arte imortal aos pés calcada,
Prostituída!...

Ver derribar do eterno sólio
O Belo, e o som
Ouvir da queda do Acropólio,
Do Partenon!...

Sem sacerdote, a Crença morta
Sentir, e o susto
Ver, e o extermínio, entrando a porta
Do templo augusto!...

Ver esta língua, que cultivo,
Sem ouropéis,
Mirrada ao hálito nocivo
Dos infiéis!...

Não! Morra tudo que me é caro,
Fique eu sozinho!
Que não encontre um só amparo
Em meu caminho!

Que a minha dor nem a um amigo
Inspire dó...
Mas, ah! que eu fique só contigo,
Contigo só!

Vive! que eu viverei servindo
Teu culto, e, obscuro,
Tuas custódias esculpindo
No ouro mais puro.

Celebrarei o teu oficio
No altar: porém,
Se inda é pequeno o sacrifício,
Morra eu também!

Caia eu também, sem esperança,
Porém tranqüilo,
Inda, ao cair, vibrando a lança,
Em prol do Estilo!

Olavo Bilac


      Para os críticos, o poema os sapos- poema concebido por Manuel Bandeira- constitui uma crítica ao estilo explorado pelos poetas e composições parnasianas. A crítica presente no poema Os sapos é contra a concepção adotada pelos parnasianos da "arte pela arte", é um manifesto do poeta incorformado diante dos modelos e limitações da estética parnasiana, do endeusamento a forma que é reduzida a "forma" em busca do estilo poético pefeito e do total desligamento com a realidade do nosso país. Adotando valores europeus e fechando os olhos para os problemas locais, ou seja, substituindo o país concreto pela antiguidade greco-romana, os poetas parnasianos camuflam a realidade pintando o Brasil através da perspectiva das belezas naturais e do patriotismo.

Nos versos a seguir verificamos esta crítica:
"Clame a saparia
Em cíticas céticas
Não há mais poesia
Mas há artes poéticas..."

"Vai por conquenta anos
Que lhes dei norma:
Reduzi sem danos
A fôrma a forma"

Manuel Bandeira

      No poema Os sapos encontramos elementos que simbolizam as inovações pretendidas pelos poetas que representam o movimento modernista. Nesta nova concepção, a poesia passa a ter um objetivo definido não caracterizado por uma arte passiva que apenas descreve sem se aprofundar nas questões humanas. O modernismo mostra preocupação com a realidade (social, política, econômica). A poesia modernista revela interesse com o conteúdo e principalmente com a liberdade de expressão, condena a formalidade imposta pelos parnasianos preocupados demasiadamente com o estilo obedecendo assim somente às regras e às normas.
      Já no poema Poética de Manuel Bandeira, formalmente identificamos a liberdade de expressão, pois seu vocabulário é simples, não há pontuação. Predominantemente o ritmo é livre, ou seja, sem rimas, os versos não obedecem a métrica, desta forma o poeta sintetiza os preceitos básicos do novo ideário modernista criticando o modelo parnasiano que excessivamente dá preferência a forma e ao estilo. Crítica o lirismo sem objetivo, convencional, bitolado as regras e normas da poética propondo uma poesia chocante, reveladora, crítica e inovadora. Nos trechos a seguir verificamos esta crítica:

"Abaixo aos puristas
Todas as palavras sobretudo aos barbarismos
         [universais
Todas as construções sobretudo as sintaxes
         [de exceção
Todos os ritmos sobretudo os inumeráveis"

Manuel Bandeira

sexta-feira, 11 de março de 2011

Scliar e a sucessão literária

     Porto Alegre e o Rio Grande, creio eu, têm dimensão para suportar (em todos os sentidos) um grande nome da literatura por vez – idéia que me vem à mente agora com a morte de Moacir Scliar. Ao menos, é isto que venho notando em meu tempo de vida - falo apenas do que venho observando nas últimas décadas. Penso que, pelo menos dos anos 60 para cá, tivemos três grandes nomes, que se sucederam como figuras de proa na barca da literatura riograndense.
     Grandes no sentido mais largo do termo, englobando não só a consistência e o eventual brilhantismo da obra, mas também um alto nível de reconhecimento popular (inclusive nacional) e de crítica. O que não tira um milímetro da importância dos demais escritores e escritoras de forte talento que aqui iniciaram ou desenvolveram, e desenvolvem, sua trajetória literária.
     Por ordem cronológica de entrada na (minha) cena, aparece Erico Verissimo, o construtor dos amplos painéis sobre a formação histórica do povo riograndense. E um criador de personagens que amalgamaram em si traços presentes na cultura pampeana, devolvendo ao imaginário riograndense figuras símbolo, ainda que idealizadas, como o Capitão Rodrigo Cambará, Ana Terra e outros. Erico, nascido em dezembro de 1905 e falecido em novembro de 1975, foi também editor, tradutor, um homem de posições políticas e – até hoje – talvez ainda seja o autor gaúcho mais conhecido no Brasil e no mundo.
     Contemporâneo e colega de Editora Globo, Mario Quintana foi o nome que sucedeu ao amigo Verissimo no gosto popular e no reconhecimento crítico. Um homem problemático e que teve sérios problemas com o alcoolismo, Quintana sem dúvida foi um poeta maior, com uma dicção muito própria, aliando uma aparente singeleza formal a um refinamento que esconde várias camadas de significado. Nos últimos anos de vida, foi transformado pela mídia (ou aceitou o papel) em um “bom velhinho”, adorado por crianças e professorinhas. Ao morrer, em 1994, amargava a derrota de seu sonho de tornar-se um “imortal” da Academia Brasileira de Letras, sufocado pela politicagem medíocre que envolve todo o processo de escolha. Mas para a poesia brasileira – e sem dúvida para os gaúchos – é um imortal.
     E eis que seria Moacyr Scliar a concretizar o desejo de Quintana, ao ser eleito para a ABL em 2003. Um escritor prolífico, dotado de grande poder de comunicação em seus romances e contos, agregou um caráter ainda mais universal à literatura riograndense. Jogando com a ironia, com o melancólico e típico humor judaico, por vezes imerso no realismo fantástico, tendo como cenário mais freqüente o seu Bom Fim da infância, Scliar abordou grandes temas. Seus livros de contos e romances abriram-lhe as portas do reconhecimento em vários lugares do mundo, até porque apostava quase sempre na leveza – e no recurso das parábolas - para narrar o peso da violência, da culpa, da mentira ou para tratar da revolução.
     O fenômeno de um grande nome por época, no sistema literário, talvez seja típico de culturas menos cosmopolitas. Na também regionalizada Bahia, João Ubaldo Ribeiro ocupou naturalmente o espaço deixado por Jorge Amado.
     Fato é que a morte de Scliar, como toda a morte, deixa um vácuo. No caso dele, no cenário das letras. A julgar apenas pelo sucesso nacional e local de público e crítica, em especial a partir de seu trabalho como cronista de jornal (mas também romancista), Luis Fernando Verissimo teria todas as condições de ofício para bem ocupar este posto, informal e não oficial, mas concreto, de algum modo. No entanto, tudo indica que precisa existir no autor alguma disposição para encarar o “sucesso”, desde as filas de autógrafos, as muitas entrevistas, a badalação, a presença em atos e eventos oficiais e oficiosos. O filho de Erico é famoso não apenas pelo talento humorístico e a leveza e precisão de suas análises políticas e sociais, mas igualmente pelo laconismo e a timidez. Do mesmo modo, vivo fosse, me parece que jamais seria entronizado no lugar uma personalidade fugidia e outsider como a de Caio Fernando Abreu.

Por José Antônio Silva

Enfim, quem é hoje no RS a unir alto talento com amplo reconhecimento crítico e, principalmente, forte empatia popular?

Fonte: http://www.artistasgauchos.com.br/portal/?cid=498

terça-feira, 8 de março de 2011

O Testamento de um Cão

Oi amiga, achei este texto que seria interessante p postar no seu blog! Bjs

                                                                                                                                    


Oi Lú querida!
Está postado! Aproveito o texto para apresentar a Sarinha. A menininha pretinha da foto abaixo. Ela foi abandonada no meu portão com menos de um mês de vida. Estava com princípio de sarna e com uma forte diarréia. Caso não fosse adotada e encaminhada para uma clinica veterinária não teria sobrevivido. Como as pessoas são desumanas! Como conseguem abandonar um animalzinho que nem sequer foi desmamado. Hoje a Sarinha já está completando (pelos meus cálculos) quase um ano de vida. Está muito diferente do animalzinho triste e acuado que aparece nesta primeira foto. Infelizmente, devido ao abandono e aos maus tratos sofridos continua sendo um pouco arredia e medrosa. Vive com medo das pessoas que não conhece e nem tenta sair para fora do portão. Tem verdadeiro PAVOR da rua.
Atualmente, tenho seis cachorros. Todos retirados das ruas. Alguns de raça, mas a maioria são vira-latas mesmo, os meus preferidos. Adotem animais sejam cães ou gatos e ajudem a retirar esses animais das ruas expostos a todos os tipos de perigos e agressões. Em troca você receberá um amor incondicional e verdadeiro. Nos próximos posts vou contar as histórias tristes e ao mesmo tempo comoventes dos meus filhos (as) de quatro patas. A alegria dos meus dias. Não vivo sem as minhas lambidas bem molhadas.
Ah! A moça da segunda foto é a Sarinha torcendo para o Brasil. E a última foto traz a Sarah na fase adulta. Prometo tirar uma foto recente dela em um melhor ângulo.


Segue abaixo o “Testamento de um Cão” para sua análise e reflexão:

“Minhas posses materiais são poucas e eu deixo tudo para você...
Uma coleira mastigada em uma das extremidades, faltando dois botões, uma desajeitada cama de cachorro e uma vasilha de água que se encontra rachada na borda.
Deixo para você a metade de uma bola de borracha, uma boneca rasgada que você vai encontrar debaixo da geladeira, um ratinho de borracha sem apito que está debaixo do fogão da cozinha e uma porção de ossos enterrados no canteiro de rosas e sob o assoalho da minha casinha.
Além disso, eu deixo para você a memória, que, aliás, são muitas.
Deixo para você a memória de dois enormes e meigos olhos, marrons, de uma caudinha curta e espetada, de um nariz molhado e de choradeira atrás da porta.
Deixo para você uma mancha no tapete da sala de estar junto à janela, quando nas tardes de inverno eu me apropriava daquele lugar, como se fosse meu, e me enrolava feito uma bolinha para pegar um pouco de sol.
Deixo para você um tapete esfarrapado em frente de sua cadeira preferida, o qual nunca foi consertado com o tipo de linha certo... Isso é verdade. Eu o mastiguei todinho, quando ainda tinha cinco meses de idade, lembra-se?
Deixo para você um esconderijo que fiz no jardim debaixo dos arbustos perto da varanda da frente, onde eu encontrava asilo durante aqueles dias de verão. Ele deve estar cheio de folhas agora e por isso talvez você tenha dificuldades em encontrá-lo. Sinto muito!
Deixo também só para você, o barulho que eu fazia ao sair correndo sobre as folhas de outono, quando passeávamos pelo bosque. Deixo ainda, a lembrança de momentos pelas manhãs, quando saíamos junto pela margem do riacho, e você me dava aqueles biscoitos de baunilha. Recordo-me das suas risadas, porque eu não consegui alcançar aquele coelho impertinente.
Deixo-lhe como herança minha devoção, minha simpatia, meu apoio quando as coisas não iam bem, meus latidos quando você levantava a voz aborrecido... e minha frustração por você ter ralhado comigo. Eu nunca fui à igreja e nunca escutei um sermão. No entanto, mesmo sem
haver falado sequer uma palavra em toda a minha vida, deixo para você o exemplo de paciência, amor e compreensão.


"Sua vida tem sido mais alegre, porque eu estive ao seu lado!”

Professores podem ter o mesmo reajuste salarial dos senadores

Assinem e divulguem!!!

Agradeço a todos que defenderem esse projeto assinando a petição.

Obrigada
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Professores podem ter o mesmo reajuste salarial dos senadores

Os senadores Cristovam Buarque e Pedro Simon apresentaram dia 16 um projeto de lei estendendo o mesmo reajuste salarial concedido aos senadores para o Piso Salarial Profissional Nacional para os professores da educação básica das escolas públicas brasileiras.
Com o reajuste de 61,78% do aumento dos senadores, o piso salarial dos professores passará de 1.024,00 para R$ 1.656,62, valor inferior ao valor pago aos parlamentares a cada mês: R$ 26.723,13.
Para o senador Cristovam Buarque, a desigualdade salarial é substancial, talvez a maior em todo o mundo, com conseqüências desastrosas para o futuro do Brasil.
Na opinião do senador, "a aprovação do reajuste de 61,78% para os professores da educação básica permitirá, ao Senado, uma demonstração mínima de interesse com a educação das nossas crianças e a própria credibilidade da Casa."

Para assinar a petição pública, clique no link abaixo e depois quando receber um e-mail, confirme o mesmo.

http://www.peticaopublica.com.br/PeticaoVer.aspx?pi=P2010N4645

"Educar é minha vida. Lutar é minha atitude."

quinta-feira, 3 de março de 2011

Palavras sábias de um ser mitológico


As palavras do meu sábio colega Édipo não me saem da cabeça desde a última sexta-feira dia 25/02/2011. Não sei ao certo se são realmente suas, mas acho que deveriam ser eternizadas. Por esse motivo,  resolvi postar aqui no blog. Leiam e digam se concordam ou não com a seguinte afirmação:

"QUE FALTE O PÃO, MAS NÃO FALTE O LIVRO".
ÉDIPO (não sei o seu sobrenome, mas não é o ÉDIPO REI)

Grifo meu:
O pão alimenta o corpo. O livro é o alimento da alma.