domingo, 28 de agosto de 2011

Muso inspirador!


Foi o melhor título que encontrei para declarar o imenso amor e admiração que sinto pelo meu (me dei o direito de chamá-lo de "meu") saudoso poeta gaúcho Mário Quintana. As suas poesias são a minha inspiração para me arriscar neste mundo de aspirante a poetisa trainee.
Segue alguns dos meus poemas preferidos, ou melhor, os que mais me identifico. O poema "O tempo" revela toda a minha inquietação com a passagem do tempo. Este poema desnuda toda a minha apreensão em relação a  passagem do tempo. O tempo que a minha querida paraninfa Janaína descreve como "inexorável" e de fato, infelizmente, é.
Não vou me prolongar muito nesta minha singela homenagem, pois parece que quanto mais escrevo mais percebo que as minhas palavras se tornam vazias e sem eco diante da sabedoria e sensibilidade acumulada do nosso querido Mário Quintana. Passemos, então, as palavras de Quintana:

O TEMPO
A vida é o dever que nós trouxemos para fazer em casa. 
Quando se vê, já são seis horas!
Quando de vê, já é sexta-feira!
Quando se vê, já é natal...
Quando se vê, já terminou o ano...
Quando se vê perdemos o amor da nossa vida.
Quando se vê passaram 50 anos!
Agora é tarde demais para ser reprovado...
Se me fosse dado um dia, outra oportunidade, eu nem olhava o relógio.
Seguiria sempre em frente e iria jogando pelo caminho a casca dourada e inútil das horas...
Seguraria o amor que está a minha frente e diria que eu o amo...
E tem mais: não deixe de fazer algo de que gosta devido à falta de tempo.
Não deixe de ter pessoas ao seu lado por puro medo de ser feliz.
A única falta que terá será a desse tempo que, infelizmente, nunca mais voltará.
 
OS POEMAS
Os poemas são pássaros que chegam
não se sabe de onde e pousam
no livro que lês.
Quando fechas o livro, eles alçam voo
como de um alçapão.
Eles não têm pouso
nem porto
alimentam-se um instante em cada par de mãos
e partem.
E olhas, então, essas tuas mãos vazias,
no maravilhado espanto de saberes
que o alimento deles já estava em ti...

Esconderijos do Tempo


POEMINHA DO CONTRA

Todos estes que aí estão
Atravancando o meu caminho,
Eles passarão.
Eu passarinho!
DA OBSERVAÇÃO

Não te irrites, por mais que te fizerem...
Estuda, a frio, o coração alheio.
Farás, assim, do mal que eles te querem,
Teu mais amável e sutil recreio...

Frases sabias, mas o mais sabido é aquele que souber aproveitá-las em sua vida. Ouçam a voz da experiência, não se trata de  alguém mais velho, mas daquele que viveu primeiro.

"O segredo é não correr atrás das borboletas... É cuidar do jardim para que elas venham até você."
"Se me esqueceres, só uma coisa, esquece-me bem devagarinho."

"Há noites que eu não posso dormir de remorso por tudo o que eu deixei de cometer."

"O passado não reconhece o seu lugar: esta sempre presente."

"O pior dos problemas da gente é que ninguém tem nada com isso."

"A amizade é um amor que nunca morre."
   

sábado, 13 de agosto de 2011

A lua nasce branca e voluptuosa em mil encantos. E fica a observar cá na terra os muitos prantos.

domingo, 7 de agosto de 2011

Folhas secas


Inventei uma vida que não me pertence, mas que precisa ser vivida. Os acontecimentos sempre se repetem estou ficando sem saída. Não tenho coragem de partir em busca de novos ares. O medo travou minhas atitudes. Vivo constantemente com o coração partido. O tempo passa rapidamente como num piscar de olhos. O vento tudo varre e como folhas secas leva também a minha juventude.

Ana Paula Moraes