Mais um livro que chega ao fim. Às vezes, fico confusa. Será que algum dia realmente começou?
Não sei. Como disse, estou confusa demais para afirmar categoricamente qualquer coisa. A única certeza que tenho é que está na hora de partir. Não olhar para trás. Seguir em frente em busca de novos horizontes. De novos sorrisos. De novos ares. Respirar ar puro e limpar a alma. Esquecer o que não quero lembrar mais.
A vida é isso mesmo. Feita de idas e vindas. Mais de uma do que de outra. Agora, neste momento, não sei decidir qual das duas se repete com mais frequência. Depende de cada um e de suas escolhas. Sei, com convicção, que as minhas escolhas são as idas. Porém, voltar é preciso e necessário.
Nesta situação conflitante que me encontro preciso voltar. Voltar para minhas origens. Procurar as pegadas que deixei no passado. Resgatar os meus cheiros. A história que escrevi e deixei incompleta em algum lugar no tempo e no espaço.
E agora volto? Voltar é retroceder? Nem sempre. Depende da situação. Neste caso, voltar é viver, cantar, dançar e amar. Também lutar e chorar. Será difícil? Sim, mas vital. Não podemos viver a vida do outro. As decisões do outro. As escolhas do outro. A pessoa do discurso EU tem a sua própria vida e não pode renunciar aos suas decisões, escolhas e sonhos em nome do outro. Essas duas pessoas o "outro" e o "eu", aqui nomeados, caro leitor, pode ser você. Depende da identificação.
Quero muitas coisas. Reconquistar o meu espaço no mundo. Soltar a minha voz. Recitar os meus poemas aos quatro cantos. Ser reconhecida por isso. Lutar pelos meus ideais e pelas coisas que acredito. Me refazer e renascer a cada dia. Dormir em paz comigo mesmo. Acordar feliz com o canto dos pássaros. Viver os meus sonhos e a minha história. Quero, acima de tudo, o que foi reservado para mim, ou seja, o que é meu. Isso me basta!
Oi, Ana!
ResponderExcluirSegue firme no blog, escrevendo cada vez mais. E dá tempo ao tempo, que tudo se ajeita.
Beijo
Magali