Oi Lú querida!
Está postado! Aproveito o texto para apresentar a Sarinha. A menininha pretinha da foto abaixo. Ela foi abandonada no meu portão com menos de um mês de vida. Estava com princípio de sarna e com uma forte diarréia. Caso não fosse adotada e encaminhada para uma clinica veterinária não teria sobrevivido. Como as pessoas são desumanas! Como conseguem abandonar um animalzinho que nem sequer foi desmamado. Hoje a Sarinha já está completando (pelos meus cálculos) quase um ano de vida. Está muito diferente do animalzinho triste e acuado que aparece nesta primeira foto. Infelizmente, devido ao abandono e aos maus tratos sofridos continua sendo um pouco arredia e medrosa. Vive com medo das pessoas que não conhece e nem tenta sair para fora do portão. Tem verdadeiro PAVOR da rua.
Atualmente, tenho seis cachorros. Todos retirados das ruas. Alguns de raça, mas a maioria são vira-latas mesmo, os meus preferidos. Adotem animais sejam cães ou gatos e ajudem a retirar esses animais das ruas expostos a todos os tipos de perigos e agressões. Em troca você receberá um amor incondicional e verdadeiro. Nos próximos posts vou contar as histórias tristes e ao mesmo tempo comoventes dos meus filhos (as) de quatro patas. A alegria dos meus dias. Não vivo sem as minhas lambidas bem molhadas.
Ah! A moça da segunda foto é a Sarinha torcendo para o Brasil. E a última foto traz a Sarah na fase adulta. Prometo tirar uma foto recente dela em um melhor ângulo.
Segue abaixo o “Testamento de um Cão” para sua análise e reflexão:
“Minhas posses materiais são poucas e eu deixo tudo para você...
Uma coleira mastigada em uma das extremidades, faltando dois botões, uma desajeitada cama de cachorro e uma vasilha de água que se encontra rachada na borda.
Deixo para você a metade de uma bola de borracha, uma boneca rasgada que você vai encontrar debaixo da geladeira, um ratinho de borracha sem apito que está debaixo do fogão da cozinha e uma porção de ossos enterrados no canteiro de rosas e sob o assoalho da minha casinha.
Além disso, eu deixo para você a memória, que, aliás, são muitas.
Deixo para você a memória de dois enormes e meigos olhos, marrons, de uma caudinha curta e espetada, de um nariz molhado e de choradeira atrás da porta.
Deixo para você uma mancha no tapete da sala de estar junto à janela, quando nas tardes de inverno eu me apropriava daquele lugar, como se fosse meu, e me enrolava feito uma bolinha para pegar um pouco de sol.
Deixo para você um tapete esfarrapado em frente de sua cadeira preferida, o qual nunca foi consertado com o tipo de linha certo... Isso é verdade. Eu o mastiguei todinho, quando ainda tinha cinco meses de idade, lembra-se?
Deixo para você um esconderijo que fiz no jardim debaixo dos arbustos perto da varanda da frente, onde eu encontrava asilo durante aqueles dias de verão. Ele deve estar cheio de folhas agora e por isso talvez você tenha dificuldades em encontrá-lo. Sinto muito!
Deixo também só para você, o barulho que eu fazia ao sair correndo sobre as folhas de outono, quando passeávamos pelo bosque. Deixo ainda, a lembrança de momentos pelas manhãs, quando saíamos junto pela margem do riacho, e você me dava aqueles biscoitos de baunilha. Recordo-me das suas risadas, porque eu não consegui alcançar aquele coelho impertinente.
Deixo-lhe como herança minha devoção, minha simpatia, meu apoio quando as coisas não iam bem, meus latidos quando você levantava a voz aborrecido... e minha frustração por você ter ralhado comigo. Eu nunca fui à igreja e nunca escutei um sermão. No entanto, mesmo sem
haver falado sequer uma palavra em toda a minha vida, deixo para você o exemplo de paciência, amor e compreensão.
"Sua vida tem sido mais alegre, porque eu estive ao seu lado!”
Ana, que bom saber que tu também estás engajada nessa luta!
ResponderExcluirTomara que esses seres (des)humanos se conscientizem e parem de praticar crueldades contra os animais.
Acredito Lú que as escolas deveriam incluir uma disciplina que abordasse o amor e o respeito pela natureza e consequentemente os animais. Todos os dias assistimos nos noticiários as tragédias naturais em função do desrespeito com o meio-ambiente. E quando saimos nas ruas nos deparamos com inúmeros animais abandonados a própria sorte. Estou farta destes tipos de atitudes. Temos que repensar os tipos de sujeitos que a sociedade está criando. URGENTEMENTE!
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